Vidas roubadas

Sinopse
          Bum! Bum! Barulho de bombas a todo tempo. Corpos chegando: mortos, feridos ou desfigurados. Angústia e uma única certeza: a morte iminente. A cada batalha, o sangue vermelho tingia o solo e os corpos que lá restavam, vivos ou não, pintavam uma nova paisagem que a geografia do local ainda não conhecia.
          A vida perdia o sossego. Nós, mulheres nas tendas, aparentemente protegidas, rogávamos a Deus por aqueles nas frentes de batalha, e a cada dia ou noite, não sabíamos se voltariam vivos ou se seriam entregues para um último adeus.
          O cenário se modificava mesmo nos pequenos enfrentamentos, como nos palcos de um teatro ou de um espetáculo de dança. Os palhaços não transmitiam alegria e, sim, a angústia que sempre os habitava. Na frente da batalha, um grande líder. Nos bastidores, eu estava como voluntária na enfermaria para curar a dor e estancar o sangue que jorrava dos feridos. Lutar por um único ideal era o que nos unia. O nosso amor parecia ir além da vida.

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