Homenagem à minha amada avó Laila Murad

Relicário
          Há quanto tempo já não a vejo. Andou deixando saudades por aqui. Seus bisnestos já estão correndo pela casa, já são quatro. Lembranças, lembranças, saudades, é grande a sua falta.
          Engraçado, muita coisa mudou, mas muitas continuam as mesmas, Marcela ainda tem o cabelo de Gal, Fafá ainda permanece muito, muito magra, e eu, como sempre, estudando... Parece que foi ontem que celebramos seu aniversário e que nos vimos pela última vez... Mas minhas maiores lembranças continuam outras, de encontros mais antigos. A Baixinha continua a cantar, e eu atrapalhada com minhas paixões, o que seria de meus livros sem elas?
          Mamis pegou seu ofício de fazer quibe e coalhada, e para minha surpresa, não anda nada atrás (bem se lembra que ela nunca gostou de cozinhar). Lailinha já está na faculdade, daqui a pouco tira doutorado antes de nós! Rsrs
          Saudade de suas histórias, nem Mariza anda contando mais. Aquela gravação que fiz pára a faculdade de Letras ficou muito legal. Mas dói a saudade quando a escutamos. Sua voz nunca nos foi esquecida, nem suas gargalhadas.
          Mesmo tendo acompanhado todos os seus passos, as lembranças não são as mais recentes. Mas sim, de quando tinha uma vida saudável, que dava comunhão, quando fazia almoço, buscava pão na padaria, nunca entendi o porquê de acordar às seis da manhã para dormir a tarde outra vez. Pressa em viver. Ainda me recordo de suas expressões “depressa, fica livre!”.
          Sua bela figura nunca nos será esquecida, a Sofia quando nasceu era muita parecida. Há... Já ia me esquecendo, Tuísso continua a morar nos fundo de casa! Bom, deixou-nos saudades, quem sabe até um dia!

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