Livro infantil: Vida de Brinquedo
Capítulo 1: Noites mágicas
 Primeira noite:
          Já eram dez horas da noite, quando a mãe de Beatriz a mandou dormir. Ela não queria parar de assistir à televisão, mas como estava brincando e se divertindo desde às oito do dia anterior, que não estudara e que dormira bem pouco para uma criança de sua idade. Percebeu que mesmo não querendo, sentia sono, e que precisava descansar.
          Beatriz então, vencida pelo cansaço, adormeceu e quando seu sono começara a ficar pesado, um dos brinquedos avisou ao grupo: “já podem sair de seus lugares, está na hora de nos divertirmos”.
          - Eu queria poder brincar lá fora no jardim, como faço quando estou com Beatriz e seu irmão.  Afirmou a bola de vôlei.
          -Mas não podemos, infelizmente, senão como subiremos pela janela para dentro do quarto dela? Não esqueçamos que estamos no segundo andar. Precisamos que alguém nos carregue de volta, ou teremos que escalar a janela. Explicou a boneca de pano Lalá.
          _ A boneca tem razão, primeiro temos que arranjar um modo de descermos pela janela sem fazermos barulho, ou de pularmos para o jardim sem que ela acorde e sem nos machucar. E, temos, depois, que fazermos a experiência mais complicada: voltarmos para o lugar de onde saímos. Enquanto não aprendemos a fazer isso, é melhor que fiquemos no quarto mesmo, ou até, somente, no corredor.
          -Pessoas, ou melhor, brinquedos, eu acho que é bom conversarmos e decidirmos isso de dia enquanto ela está na escola, pois agora, podemos acordá-la. E como já se passaram muitas horas de nossa noite, daqui a pouco o despertador tocará e ela levantará. É aquele despertador ensurdecedor vocês se lembram bem, não é apenas o toquinho de celular que ela usa aos finais de semana, é bom estarmos prevenidos. Uma manifestação de susto com o barulho, ela descobre que temos vida e tudo estará perdido!
          E assim, os brinquedos resolveram brincar de detetive, brincadeira silenciosa e que poderiam ficar em seus lugares e não acordariam Beatriz, e ela também não perceberia, pois eles não mudariam de lugar.
          Mas na próxima noite, eles seriam mais ágeis, pois essa era a primeira noite naquele novo quarto e nova casa. Quando observassem melhor os móveis e seus lugares, a nova moradia, os brinquedos poderiam ser mais ousados e a diversão seria maior.
          Passado um tempo, Beatriz se levantou, arrumou seu quarto e desceu para tomar café. Seria uma nova oportunidade para os brinquedos fazerem seus planos, mas quando a boneca se aproximou da porta, avistou a faxineira subindo para limpar o quarto de Beatriz, a arquitetura dos planos teria de ficar para o próximo dia ou próxima noite. O ideal era fazê-lo em um dia que todos saíssem e que a faxineira não viesse.
          Permaneceram quietos o resto do dia, pois brincando de mímica, ou quem era a o assassino, pois a cada hora eram uma pessoa que entrara no quarto, e  quando a menina voltara da escola, após se alimentar e se arrumar, a mãe foi fazer com Beatriz o dever de casa e colocá-la para dormir. A mandou ir se ajeitando, enquanto desligava os aparelhos da casa.

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