Era um governo sombrio, um vírus ameaçador, um perigo certeiro. Alvos morriam a todo momento. Ninguém tinha certeza se sobreviveria. A única esperança era a vacina. Mas, a autoridade suprema do país era tão perversa quanto a doença, e nada queria fazer para ajudar. A cada dia, tudo se tornava mais difícil e mais ameaçador. As doces relações morriam aos poucos, ou nem nasciam. Ninguém podia conhecer ninguém, os olhares, ao cruzarem uma esquina, eram de medo e desconfiança. Muitos passavam por meros desconhecidos, as máscaras começaram a ocultar as identidades, e a revelarem o pavor da possibilidade de ser o próximo a morrer. E, mais genocida que a doença, apenas dois governantes, que nada faziam para apresentar um programa de vacinação ou contenção da doença. Nem ao menos a si, eles se protegiam. O drama e o desespero tomavam conta das pessoas, cujos parentes agonizavam nas redes hospitalares, onde os leitos se tornavam a cada dia mais escassos e os respiradores já não eram sufici
Postagens
Mostrando postagens de janeiro, 2021