A
vida de jornalista é muito corrida. Acordei muito cedo, mais ou menos seis da
manhã, arrumei toda a minha bagagem e fui para o aeroporto. O jornal já havia
me mandado para a metrópole no dia anterior, partiria na segunda feira para os
países árabes. E foi exatamente o que aconteceu. Saí de Itajubá, com destino a
São Paulo, no último dia de minhas férias e fui a trabalho para a minha jornada
mais esperada.
Minha
viagem teve início por Marrocos, noroeste da África. Minha intenção era, na
realidade, chegar ao Líbano, o país de minha maior curiosidade. Mas, devido à
rota do avião particular, segui pelo deserto do Saara, região misteriosa e
fascinante, apesar de não conseguir ver mais nada à frente a não ser areia.
Estava
acompanhado, no momento, do piloto e de um fotógrafo que me ajudaria a operar a
nova máquina de fotografia digital, mas que voltaria ao Brasil no dia seguinte.
Eu continuaria meu trabalho sozinho. Seria o único representante do jornal
naqueles países árabes.
Depois
de me instalar por completo no hotel e saber mexer, confiante, em todos os
equipamentos que o jornal me disponibilizara, saí, mas logo voltei, mais uma
vez, pelo deserto. Juntei-me a beduínos que, acostumados a atravessá-lo, me
conduziram por quilômetros. Vi apenas areia, mas depois avistei camelos que
vagarosamente eram conduzidos por seus donos e,..., novamente, muita areia. Às
vezes passavam por nós alguns pastores com seu rebanho. Andar pelo deserto é
difícil, mas a minha curiosidade o tornava cada vez mais encantador.
Meu primogênito "Ás Escuras"
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