Meu autor homenageado de hoje não é romancista nem cronista, e sim compositor!

João Rubinato, filho de um casal de imigrantes de Treviso, Itália, iniciou sua vida profissional vendendo marmitas e varrendo uma fábrica de tecidos. Iniciou sua carreira nas rádios do país, destacou-se como humorista, mas seu sucesso mesmo veio nos sambas. Grandes letras, lançadas e glorificadas por Elis Regina.
Nosso autor homenageado é Adoniran Barbosa. Cantava de forma popular, usando as gírias e o linguajar popular da cidade do Rio de Janeiro, sempre exaltando seu bairro Bexiga e os personagens reais de seu cotidiano.

Tem como seus maiores sucessos: Saudosa Maloca (1951), Malvina (1951), Joga a Chave (1953), Samba do Arnesto (1955), As Mariposas (1955), Iracema (1956) e Trem das Onze (1965). Imortalizado por Elis Regina e Demônios da Garoa, tem os sambas tocados nos mais diversos meios de comunicação até hoje.
Uma das marcas mais fortes de sua fina literatura é a oralidade

Saudosa Maloca
Si o senhor não está lembrado
Da licença de conta
Que aqui onde agora está
Esse adifício alto
Era uma casa velha um palacete assobradado
Foi aqui seu moço
Que eu, Mato Grosso e o Joca
Construímos nossa maloca
Mais um dia nem quero lembrar
Veio os homens com as ferramentas
o dono mando derruba
Peguemo todas nossas coisas
E fumos pro meio da rua
Apreciar a demolição
Que tristeza que eu sentia
Cada táuba que caia
Doía no coração
Mato Grosso quis grita
Mas em cima eu falei
Os homes está 'cá razão
Nós arranja outro lugar
Só se conformemos quando o Joca falou
"Deus dá o frio conforme o cobertor"
E hoje nóis pega a páia nas grama do jardim
E pra esquecê nóis cantemos

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